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189. Viagem ao Uruguai (Parte II)

Ok, agora que eu estou vendo que esse blog até recebe algumas visitas (comecei a olhar mais de perto o painel do WordPress), resolvi voltar a atualizar. No último post eu falei um pouco sobre a minha última viagem ao Uruguai, mas foquei só em Colônia de Sacramento. Agora vou resumir um pouco das minhas impressões na segunda passagem por Montevidéu.

Dessa vez a viagem não foi 100% turismo. Uma das ideias que estão vagando pela minha mente no momento é de cursar um mestrado em Montevidéu e eu aproveitei os dias para ver se realmente valia a pena fortalecer a ideia. E sim, vale.

No Museu Pedagógico, vi um pouco da história da educação no país. Desde uma série de castigos aplicados nos alunos há alguns séculos, até as revoluções no final do século XIX. Hoje, o ensino uruguaio além de ser gratuito, deve ser independente de religiões (inclusive nas escolas particulares). O que faz com uma religião não se sobressaia em relação às demais e todas as crenças são respeitadas por igual, já que ninguém acaba sendo influenciado no ambiente escolar a acreditar somente em uma doutrina (como ocorre no Brasil, por exemplo).

No dia seguinte, visitei o Museo de Historia del Arte (MuHAr), que fica junto à prefeitura. Não sei como não visitei esse lugar na outra vez que eu fui. É bem fácil de achar e muito bacana, com itens das culturas egípcia, grega, romana, latino-americana e muitas outras. E no último dia circulando por Montevidéu eu visitei o Palácio Legislativo, que fica meio longe do centro, diga-se de passagem.

Nessa minha segunda visita pela cidade, mais uma vez me chamou a atenção o sentimento de segurança que temos ao caminhar pelas ruas. Na frente do palácio da presidência, por exemplo, só têm dois guardas. E a única função deles é dar informações para os turistas. Descobri esses dias que o Uruguai é o segundo país mais seguro das Américas (só perde para Cuba) e pude confirmar isso durante a viagem.

188. Viagem ao Uruguai (Parte I)

Ok, senhoras e senhores, apesar de eu ter dito no último post que este próximo seria sobre games (e eu ainda vou escrever sobre isso), este será sobre a minha viagem ao Uruguai no mês passado. Vi tanta coisa bonita nos cinco dias que eu passei por lá, que eu não posso deixar de colocar aqui.

Bom, quem me conhece sabe que eu adoro o Uruguai. E quem me conhece mais ainda sabe que eu tenho o sonho de morar por lá. E foi justamente para tentar organizar algumas coisas que eu fiz essa viagem: Ver o ritmo de vida dos uruguaios, como é a educação, se eu posso ou não trabalhar, se eu posso ou não fazer mestrado e por aí vai… Neste primeiro texto vou escrever sobre Colônia de Sacramento. Nos próximos, falarei mais sobre a capital uruguaia.

Cheguei em Montevidéu no dia 20/07, um sábado, perto do meio-dia. Almocei pelo aeroporto, fui até a rodoviária e peguei um ônibus direto para Colônia de Sacramento. A viagem de Montevidéu até Colônia dura cerca de 2 horas, custa cerca de R$ 30,00 e têm várias linhas que fazem o trajeto em vários horários do dia. Mesmo no fim de semana, o que é uma beleza. No caminho, a paisagem abandona o urbano de Montevidéu para passar por diversas fazendas, principalmente de criação de gado e ovelha. Há pedágios, mas a estrada é bem tranquila e sem buracos. Ou seja, há um retorno do dinheiro investido pelos motoristas.

Cheguei em Colônia de tardezinha, em um frio desgraçado, mas que não me impediu de sair para conhecer a cidade à noite: o que se resume em restaurantes bem movimentados e as luzes de luminárias antigas que decoram as ruas da cidade.

No domingo pela manhã saí mais uma vez pela cidade. O sol iluminando as ruas no começo do dia é um espetáculo à parte. Visitei boa parte do centro histórico e vi a arquitetura que mistura os elementos portugueses e espanhóis. Incrível como eles gostam de pintar mapas e imagens de santos em azulejos. Visitei ainda o farol (com arquitetura bem peculiar), a famosa Calle de los Suspiros e a Plaza de Toros, onde os espanhóis faziam touradas no começo do século passado. Aliás, a plaza é o ponto mais longe da cidade. Para quem não estiver a fim de caminhar ou estiver com pouco tempo disponível (o que era o meu caso) vale a pena pegar um táxi (ida e volta sai em torno de R$ 30,00). No restante, dá para se conhecer tudo à pé.






Perto do meio-dia peguei um ônibus de volta para Montevidéu, onde fiquei até quinta pela manhã. E sobre isso eu conto no próximo post.

185. Bonito (Parte V)

Ontem encerrei as atividades de ecoturismo na região de Bonito com um safari no Pantanal Sul. Saímos às cinco da manhã e três horas depois chegamos na Fazenda San Francisco, no município de Miranda, onde é feito plantio de arroz e turismo ecológico por uma reserva dentro da propriedade. Por causa do arroz, o local atrai muitas aves, dentre elas o tuiuiu, símbolo do Pantanal. O legal nessa parte do trajeto é ver a revoada de marrecas com o som das palmas dos visitantes. Nos diques é possível encontrar jacarés e capivaras e nas partes mais abertas pode-se ver o cervo do pantanal. Com muita sorte ainda é possível ver a onça pintada, mas infelizmente meu grupo não teve essa sorte.

Safari no Pantanal Sul

Safari no Pantanal Sul

Safari no Pantanal Sul

Safari no Pantanal Sul

Safari no Pantanal Sul

Safari no Pantanal Sul

Safari no Pantanal Sul

Safari no Pantanal Sul

Na parte da tarde fizemos um passeio de chalana pelo Corixo São Domingos (um braço do Rio Miranda), onde tivemos a oportunidade de pescar piranhas (não, eu não peguei nenhuma) e ver a guia alimentando os jacarés com os peixes que foram pegos. Todo o safari na Fazenda San Fracisco foi muito bom. A nossa guia (Eliane) mora na fazenda desde que nasceu e conhece tudo sobre os animais do lugar, chegado até a dar nome a eles. Tá aí um passeio que provavelmente farei de novo um dia.

Safari no Pantanal Sul

Safari no Pantanal Sul

Safari no Pantanal Sul

Safari no Pantanal Sul

Safari no Pantanal Sul

Safari no Pantanal Sul

O grupo de ontem também era fantástico. Tinha gente de Minas, de São Paulo do Piauí e uma gaúcha que mora em Santa Catarina. A noite, combinamos todos de comer carne de jacaré no restaurante Casarão, no centro de Bonito. E fica a dica: Provem! É muito bom.

Carne de jacaré

Carne de jacaré

184. Bonito (Parte IV)

Hoje o dia foi bem mais leve do que os anteriores. Na primeira parte da manhã teve o passeio de bote no Rio Formoso. Ali conheci uma família de Novo Hamburgo e rimos muito das guerras de água entre um bote e outro. Esse passeio é imperdível. Ninguém precisa saber nadar e não há perigo nenhum de cair do bote as quatro cachoeiras pelas quais passamos nos seis quilômetros de trajeto.

Passeio de bote

Passeio de bote

Passeio de bote

Passeio de bote

Passeio de bote

Passeio de bote

Em seguida, até a metade da tarde fiquei no Balneário do Sol. Um lugar muito lindo ainda no Rio Formoso onde é possível nadar junto com as piraputangas ou alimentar as dezenas de macacos que vivem nas árvores. Mas, como qualquer balneário, acaba enjoando depois de um tempo, pois é tudo muito parado. Não é um passeio para se fazer em um dia inteiro.

Balneário do Sol

Balneário do Sol

Balneário do Sol

Balneário do Sol

Balneário do Sol

Balneário do Sol

Fui. Amanhã tenho que sair às 5 da manhã para fazer safari no Pantanal…

183. Bonito (Parte III)

No quarto dia em Bonito os passeios terminaram mais cedo, mas isso não significa que não foram bons. Na primeira parte da manhã fomos no Buraco das Araras, no município de Jardim. Trata-se de uma imensa caverna cujo teto “desabou” e formou uma dolina. Um lugar e tanto para as araras formarem seus ninhos. No entanto, em janeiro elas se afastam um pouco da região, e no tempo em que o grupo ficou lá vimos poucas aves.

Buraco das Araras

Buraco das Araras

Buraco das Araras

Buraco das Araras

Buraco das Araras

Buraco das Araras

Entre o final da manhã e o começo da tarde fizemos a flutuação no Rio da Prata, também em Jardins. A equipe do local é muito prestativa e atenciosa e passou segurança até para mim que não sei nadar. O passeio dura quase duas horas e a sensação de estar entre os peixes é incrível. O único cuidado que temos que ter é com as rochas, pois se passarmos muito perto elas podem cortar ou arranhar (meu joelho que o diga). Uma dica: Para os homens é melhor não deixar barba no dia da flutuação, pois ela facilita a entrada de água pela máscara em direção ao nariz.

Flutuação no Rio do Peixe: Aquecimento

Flutuação no Rio do Peixe: Aquecimento

Flutuação no Rio do Peixe

Flutuação no Rio do Peixe

Flutuação no Rio do Peixe

Flutuação no Rio do Peixe

Flutuação no Rio do Peixe

Flutuação no Rio do Peixe

Flutuação no Rio do Peixe

Flutuação no Rio do Peixe

Flutuação no Rio do Peixe

Flutuação no Rio do Peixe

Observações a parte:

  • Hoje a van parecia a torre de Babel. Além de mim, tinha uma carioca, duas inglesas, duas francesas, uma australiana, uma mexicana e uma alemã. Já não entendia nada do que esse povo falava…
  • Achei o melhor restaurante da cidade: A Casa do Pão de Queijo. Comida boa, barata, sem frescura, sem couvert e com Heineken long-neck. 🙂

182. Bonito (Parte II)

O terceiro dia em Bonito foi quase todo no Rio do Peixe. Localizado bem longe da área urbana, o espaço oferece atrativos para o dia inteiro, além do contato direto com os animais e um almoço pra lá de caprichado.

Pela manhã fizemos uma trilha de 1.800 metros até uma das cachoeiras do Rio do Peixe. Paramos para nos banhar e na volta paramos para aproveitar a água em vários outros pontos da trilha. O lugar é extremamente seguro até para quem não sabe nadar – que aliás eu percebi que não sou o único. Os guias são atenciosos e indicam os melhores lugares para quem quer mergulhar ou simplesmente curtir a água cristalina com as piraputangas nadando em volta.

Uma das curiosidades foi a chamada “gruta seca”, que já foi uma cachoeira em tempos de chuvas maiores e agora parece apenas uma caverna. Se a água continuasse correndo por ali seria um legítimo cenário de algum filme do Indiana Jones, ou até mesmo a “Batcave”, com uma caverna escondida atrás da cachoeira.

Trilha do Rio do Peixe: Gruta Seca

Trilha do Rio do Peixe: Gruta Seca

Piraputangas

Piraputangas

Trilha do Rio do Peixe

Trilha do Rio do Peixe

Trilha do Rio do Peixe

Trilha do Rio do Peixe

Após o almoço tivemos a oportunidade de alimentar os macacos, mas infelizmente nenhum queria os dois pedaços de banana que eu tinha na mão. Seguimos por mais uma trilha, outras cachoeiras e um tirolesa, mas nessa eu não me arrisquei. Me senti mais seguro na plataforma. E no final, antes de voltarmos para a pousada, uma pausa para fotos com a arara azul.

Macaco escolhendo de quem iria pegar as bananas

Macaco escolhendo de quem iria pegar as bananas (!)

Banho no Rio do Peixe

Banho no Rio do Peixe

Araras

As araras agressivas…

...e a arara parceria

…e a arara parceria

A trilha do Rio do Peixe é um passeio indescritível. Um ponto obrigatório para quem quiser vir para Bonito. É impossível se arrepender.

Algumas observações a parte:

  • Conheci uma turista dinamarquesa e coloquei meus ensinamentos de inglês à prova. Nos entendemos perfeitamente e ela disse que eu falo muito bem. 🙂 Apenas estranhei que em uma cidade que recebe turistas do mundo inteiro os guias não falam inglês.
  • Eu nunca tinha visitado outra região do Brasil e em vários lugares as pessoas me perguntam “Você é do Sul, né? Dá pra ver pelo seu sotaque…”